VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2020

Pasteleiro

Foi difícil, mas após mais uma dura batalha contra um adversário já de si complicado, que tal como na eliminatória anterior se apresentou reforçado com um Artur 'Pasteleiro' Soares Dias ao seu melhor nível e adicionalmente com o Tiago 'Cinco Cêntimos' Martins em excelente forma no VAR, conseguimos por duas vezes recuperar de um resultado negativo e finalmente, graças a um herói algo improvável que saltou do banco, dar-lhe a volta para confirmarmos a passagem às meias-finais da Taça de Portugal.

 

 

Foram três as alterações na equipa, todas mais ou menos esperadas. Zlobin na baliza, Tomás Tavares na direita da defesa, e regresso do Taarabt ao meio campo, sendo o Gabriel poupado já a pensar no jogo de sexta-feira. O Rio Ave, já se sabe, é uma equipa complicada. Neste jogo a estratégia passou muito por manter a posse de bola pacientemente em zonas recuadas de forma a chamar a equipa do Benfica a subir no terreno, para depois tentar transições rápidas com bolas longas para as costas da defesa. E a estratégia começou a dar frutos muito cedo, já que entrámos praticamente a perder. Depois da bola metida o Zlobin ficou a meio caminho da saída e o Rúben Dias acabou por derrubar o adversário à entrada da área. Na marcação do livre directo, golo do Rio Ave aos três minutos de jogo. Eu sei que esta observação pode estar influenciada pelo facto de não ter confiança absolutamente nenhuma no Artur Soares Dias (aliás, para ser sincero, eu acho mesmo que ele entra em campo com o objectivo deliberado de nos prejudicar) mas fiquei com toda a sensação de que a nossa barreira foi colocada seguramente a uma distância maior do que a regulamentar, e por larga diferença. O Benfica revelava dificuldades em encontrar espaços para fazer o habitual jogo interior perante um adversário sempre bem estruturado, e o jogo pelos flancos era pouco explorado - isto foi sobretudo evidente do lado esquerdo, onde as constantes desmarcações do Grimaldo eram quase sempre ignoradas. O Ferro ainda tentou alguns passes para aquela zona no período inicial mas saíram-lhe quase sempre mal e depois simplesmente deixou sequer de tentar, optando sempre por passar a bola para a direita. O Grimaldo deve ter sentido saudades do Gabriel. De qualquer forma foram necessários apenas dez minutos para restabelecer a igualdade. Depois de uma investida pela direita, uma insistência do Vinícius desmarcou o Cervi por esse lado e ele finalizou bem de pé direito. Parecia que estava reencontrado o rumo da normalidade e o Benfica tinha o aparente controlo do jogo, tentando chegar à vantagem. 

 

 

Até que, com meia hora de jogo, o Chiquinho foi claramente derrubado pelo Filipe Augusto dentro da área. A poucos metros da jogada e com visão clara do lance, o pasteleiro mandou seguir e no contra-ataque que se seguiu, nova bola metida nas costas da defesa, nova saída abortada do Zlobin, e golo do Rio Ave num cabeceamento a meia altura que fez a bola sobrevoar o nosso guarda-redes. No VAR, Cinco Cêntimos bem perscrutou o lance com a sua bengala branca mas não detectou qualquer irregularidade, e de uma possível vantagem passámos para uma situação de desvantagem. Até seria compreensível que uma equipa perdesse um pouco a compostura perante um cenário destes, mas honra seja feita à nossa equipa, que pouco abanou e continuou a tentar fazer o seu jogo. Podíamos ter chegado novamente à igualdade poucos minutos depois, mas o guarda-redes do Rio Ave negou o segundo golo ao Cervi com uma excelente defesa. Perto do intervalo, para enorme surpresa, o Soares Dias assinalou penálti do Filipe Augusto sobre o Taarabt. A surpresa deve-se a dois motivos: o primeiro, pelo simples facto do Soares Dias assinalar um penálti a favor do Benfica; o segundo, porque até eu lá de cima do terceiro piso da bancada consegui ver que não era penálti. Mais uma vez a minha ideia pré-concebida das intenções do Soares Dias nos nossos jogos teve de certeza influência, mas logo na altura disse que ele só tinha assinalado penálti porque tinha a certeza que o VAR reverteria a decisão. Cinco Cêntimos fez o seu trabalho, e obviamente que não houve penálti (e ainda bem). E assim até podem continuar a nomear o pasteleiro para os nossos jogos, porque como podem ver ele não tem nada contra o Benfica e até tentou beneficiar-nos.

 

 

A segunda parte trouxe-nos um Benfica ainda mais pressionante e um Rio Ave que pouco conseguia passar do meio campo, dedicando-se com mais afinco a defender a vantagem alcançada na primeira parte. Findo o primeiro quarto de hora o Benfica fez a substituição que veio a revelar-se decisiva para o resultado final do jogo. Saiu o Ferro e entrou o Seferovic, recuando o Weigl para a defesa (funções que ele desempenhou por diversas vezes no Dortmund, embora fosse mais num esquema táctico de três centrais). Foram precisos apenas três minutos para a substituição surtir efeito: bola longa do Rúben para o interior da área e o Vinícius assistiu de cabeça para o remate vitorioso de primeira do suíço. Uma boa jogada de combinação da nossa dupla de avançados, que foi obviamente sujeita a intenso escrutínio pelo VAR mas não conseguiram arranjar aquele frame que lhes permitiria inventar qualquer coisa para anulá-la. A pressão do Benfica não abrandou, o Pizzi voltou a cair na área depois de empurrado nas costas pelo Filipe Augusto (que nesta altura já teria certamente percebido que com esta dupla de árbitro/VAR tinha basicamente impunidade para tudo dentro da área) mas obviamente que nada se passou. Mas sete minutos depois do golo do empate, surgiu o terceiro. Boa combinação entre o Pizzi e o Tomás Tavares na direita, com o primeiro a ganhar a linha de fundo e a parecer ter perdido o controlo da bola, para depois ainda conseguir em esforço fazer o centro atrasado que o Seferovic finalizou com um remate de primeira, com o pé direito. Depois de obtida a vantagem e com pouco mais de vinte minutos por jogar, o Benfica abrandou um pouco a pressão e recuou linhas, mas o Rio Ave raramente conseguiu incomodar a nossa baliza. Foi mesmo o Benfica quem esteve mais perto de voltar a marcar, já perto do final, num remate do Chiquinho que embateu com estrondo na barra. De assinalar ainda o regresso à competição do Rafa, que entrou para fazer os minutos finais e proporcionar ao Cervi uma merecidíssima ovação.

 

 

O Cervi foi o melhor jogador em campo, com um golo e sobretudo uma intensidade e entrega ao jogo que devem servir de exemplo para todos. Um jogador que foi dado como dispensável há uns meses quis ficar e lutar por um lugar, e quando a oportunidade surgiu agarrou-a com unhas e dentes. Hoje foi aplaudido de pé. Jogo muito bom também do Taarabt e do miúdo Tomás Tavares. O Chiquinho foi outro que teve uma excelente atitude e bem merecia que aquela bola que acabou na barra da baliza tivesse entrado. O Weigl ainda está naturalmente a integrar-se, mas é um jogador que tem muita calma com a bola nos pés e sabe quase sempre o que fazer com ela. Quando teve que recuar para a defesa, fê-lo sem quaisquer problemas e acabou por acrescentar a qualidade de passe naquele sector que o Ferro estava incapaz de dar. Jogo infeliz do Zlobin, que hesitou na saída nos dois lances dos golos adversários e que acho que acabou sem fazer uma única defesa. Os dois remates que foram à nossa baliza resultaram em golo.

 

Acaba por ser um resultado excelente porque agrada a toda a gente. Aos benfiquistas, porque permitiu o apuramento para as meias-finais da taça. Aos nossos inimigos e maldizentes agrada também porque nos dias que corrrem, com o Benfica a ganhar tão frequentemente os seus jogos, quando ganha apenas por um golo de vantagem já é uma espécie de vitória moral para eles, e assim já se sentem à vontade para criticar ferozmente como se de uma derrota se tratasse. Na próxima sexta há mais, e temos que enfrentar o habitual jogo da época para os nossos vizinhos. Estão a dezasseis pontos mas vão comer a relva pelos fruteiros do Porto, pedem despenalizações, atrasam transferências, o que interessa é dar a ajudinha aos fruteiros. Ajuda aos fruteiros nesse jogo também virá certamente com mais uma nomeação ao nível da deste jogo. Um Hugo Macron, um Jorge Sousa ou um Godinho servirão perfeitamente.

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publicado por D'Arcy às 03:53
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22 comentários:
De Dias Pereira a 16 de Janeiro de 2020
Boa tarde.
Já não alimento grandes expectativas quanto à alteração do nosso actual futebol. Não com estes protagonistas, que já provaram, à saciedade, que são incapazes de mitigar a mediocridade - quase constante... - do nosso futebol.
Não espero nada de especial dos que jogam, nem dos que lideram, em qualquer que seja o nível de intervenção.
Dos que jogam - salvo raras e honrosas excepções... que, ainda por cima, são intermitentes! - as evidências falam por si. Ao pé dos nossos, os adversários, por mais banais que sejam, até parecem de outra galáxia. Sejam eles frutos, preteridos, da nossa formação, sejam oriundos de um qualquer colosso dos escalões secundários, ou ainda recrutados a equipas onde nem calçavam. Ver os nossos defesas, médios e atacantes, com cláusulas de rescisão de dezenas de milhões de euros, a ser engolidos por adversários de diversas, e tão díspares, origens, é de nos (me...) levar ao desespero!
Dos que lideram, na vertente desportiva pura, do treino e da competição, já só espero que sejam capazes de um exercício de lucidez e percebam que não vale a pena inventar - e ois resultados estão à vista de todos... - e que é preciso corrigir o que está comprovadamente mal - pouca intensidade, ineficácia na finalização, incapacidade total ao nível do remate e das bolas paradas, ... - em vez de persistir em meinhos e outras adestrações circenses, que, decididamente, não levam a lado algum! E que entendam que o discurso politicamente correcto é mel para os nossos adversários, que já sabem que nunca são contraditos!
Dos que lideram, a nível do clube e da SAD, já não espero rigorosamente nada! Nada, mesmo!
É que, além de não defenderem o clube - nem activa, nem passivamente!... - ainda contribuem, objectivamente, para branquear e/ou sustentar o actual estado de coisas!
Já agora, houve mais algum abraço a algum boi preto recentemente? Se não houve, não deverá faltar muito... digo eu!
Ah, e reiterar o apoio às personagens e estruturas que lideram o nosso futebol, vai demorar muito? Não creio! Deve estar para muito breve...
Meu querido Benfica, como te (des)tratam...
Acorda, Benfica! Acordem, benfiquistas!
Viva o Benfica!
Saudações benfiquistas!

PS - Oxalá que o Rei-Sol não fale depois do jogo de amanhã...
De BI-CAMPEÃO EUROPEU a 16 de Janeiro de 2020
Tens toda, mas mesmo toda a RAZÃO.
Quanto ao mais, esse pretenso "Rei-Sol", para mim é apenas um COVARDEZITO burro e manso que está a viver à custa do nosso BENFICA, sem tomates para o defender, e que aquando das derrotas do nosso Clube e dos autênticos roubos contra Ele perpetrados, ao contrário de mim e de milhares de Benfiquistas, dorme um SONINHO PROFUNDO!!!!

É como eu sempre tenho dito: O Benfica, mesmo sendo um Clube em tudo superior ao oporco às riscas e ao riporting às riscas, não consegue verdadeiramente - especialmente em relação ao oporco - marcar a verdadeira diferença, no sentido de apresentar uma qualidade SUPERIOR e deixar os fruteiros pôdres para trás.

L.F.Vieira apenas consegue fazer equipas para competir como qualquer outra, e não é capaz de fazer equipas para GANHAR COM TODA A SUPERIORIDADE NORMAL E NATURAL.

Continuo a ver o nosso Benfica a ser atacado também fora de campo - agora é o nosso Rui Costa a ser atacado por uma "especialista" em linguagem labial, para mim deve ser especialista é em chupar lábios vaginais de putas como ela, que percebe aquilo que mais ninguém entende - e esse nosso PRESIDENTEZECO e essa nossa direcçãozeca não são capazes de meter ninguém a sentar o cuzinho porco no banco dos réus.

É por isso, por essa EXTRREMA COVARDIA que eu detesto e abomino completamente esse ex-vendedor de pneus novos e recauchutados.

Conclusão: o BENFICA precisa efectivamente de VERDADEIROS BENFIQUISTAS, E BENFIQUISTAS DE COLHÕES PARA EFECTIVAMENTE DEFENDER O CLUBE E FAZÊ-LO RESPEITAR.

l.f.vieira COVARDEEEEEEEEEEEEEEEE ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

BENFICA SEMPREEEEEEEEEEEEEEE O MAIORR E O MELHORRRRRRRRRRRRRRRR
De D'Arcy a 16 de Janeiro de 2020
Vou fazer um pequeno exercício: vou fingir que cheguei agora da Mongólia, onde estive nos últimos vinte anos e não sei absolutamente nada sobre o Benfica. Depois de ler este comentário, o que eu concluo é:

- O Benfica não ganha um campeonato há décadas. Aliás, há muito tempo que nem sequer fica próximo de os ganhar;

- O Benfica raramente ganha um jogo e tem o plantel cheio de jogadores sem qualidade ou classe que nos fazem invejar os plantéis de um Rio Ave ou um Tondela;

- Pior ainda, para além do miserável plantel, o Benfica é orientado por um péssimo treinador, incapaz de ganhar jogos e que ainda faz dos maus jogadores piores, ficando em metodologia de treino a anos luz de gente básica como um Jaime Pacheco ou o José Mota - desconfio que o desempenho do Benfica deva ser mais ou menos ganhar um jogo a cada 34, ou seja, uma vitória por campeonato, e o normal é sermos goleados todos os jogos;

- Na terça-feira fomos obviamente eliminados da Taça pelo Rio Ave, depois de uma estrondosa derrota devido à forma impiedosa como o Rio Ave nos dominou e massacrou durante todo o jogo. É que nem tivemos a menor possibilidade de discutir o resultado.

- A somar a todas as desgraças enunciadas, o Benfica tem um bandido incompetente como presidente, que arruinou o clube, acabou com as modalidades e o ecletismo do clube, destruiu a formação, arrasou as poucas infra-estruturas que tinha e não o modernizou; continuamos a viver como um clube do século passado (e nem é do finalzinho do século, é para aí na década de 80) e estamos na bancarrota. Ao contrário dos nossos adversários tradicionalmente mais directos (estou a falar do Porto e do Sporting, porque obviamente que dado o cenário catastrófico que acabei de ler os nossos adversários directos neste momento são o Gil Vicente ou o Setúbal) estamos intervencionados pela UEFA, devemos uma batelada de dinheiro aos bancos que nunca mais conseguiremos pagar, e não somos donos de qualquer uma das (paupérrimas) infra-estruturas que ainda utilizamos;

- Precisamos urgentemente de uma revolução, em que sejam corridos à vassourada todos - mas todos mesmo - que estejam no clube. Dirigentes, técnicos, jogadores, funcionários, até adeptos, porque obviamente que a enorme maioria dos nossos adeptos é uma cambada de burros que não consegue ver as coisas como elas realmente são, ao contrário desse punhado de valentes, iluminados e auto-intitulados 'verdadeiros benfiquistas'. Somos claramente os piores em tudo, um clube sem rumo nem rei nem roque, e nenhum dos nossos adversários desejaria estar na nossa posição.


Já o disse antes e volto a repetir: ao fim de tantos anos nestas andanças eu conheço muito bem a 'comunidade' que gosta muito de utilizar o termo 'rei-sol'. Por isso sempre que vejo alguém a utilizar o termo 'rei-sol' eu sei perfeitamente por onde costuma andar, de onde vem, para onde me quer levar, e por mim pode ir pregar para outra freguesia. Já estou habituado às divagações negativistas constantes, mas em cima disso o termo 'rei-sol' tira-me do sério. Existem algumas freguesias onde dão tempo de antena a escroques com mais ambição pessoal do que benfiquismo e que acham que conquistam os benfiquistas utilizando um discurso decalcado do discurso dos nossos inimigos. São pessoas cujo benfiquismo é pálido quando comparado com os seus interesses pessoais. São incapazes de fazer crítica construtiva, que seria tão simples como dizer 'é possível fazer melhor'. Não, o discurso é completamente destrutivo, está tudo mal, e atacam o Benfica com um discurso que podia perfeitamente ser utilizado pelo pior dos inimigos do Benfica. Dá-me nojo. Apresentem-se a eleições, apresentem um projecto (porque falar mal daquilo que está feito não é projecto nenhum) e submetam-se à vontade dos sócios. Se ganharem, óptimo, é sinal que conseguiram apresentar uma ideia de Benfica com a qual os sócios se identificam e assim vamos levar o clube ainda mais alto. Se perderem, metam a viola no saco e de uma vez por todas deixem de colocar os vossos interesse e preferências pessoais à frente do Benfica. Se o vosso ódio por uma pessoa se sobrepõe ao amor pelo Benfica, então lamento dizer que não são lá grande coisa como benfiquistas.
De Dias Pereira a 17 de Janeiro de 2020
Boa noite.
Vou fazer um pequeno exercício: vou fingir que nasci no limiar deste século e que, quando comecei a ter noção das coisas, passei a gostar de futebol e me apaixonei pelo Benfica. Porque a cor é bonita, a águia é gira, o estádio é fixe e fica ao pé do Colombo…
Depois de andar a escutar o discurso oficial, fico a saber que:
a) O Benfica foi fundado em 2003, por um revolucionário, autenticamente visionário, que, num esforço hercúleo, foi capaz de se libertar das grilhetas com que os outros grandes clubes o haviam subjugado, contra sua vontade, para o obrigar, nas suas casas, a beber champanhe nas comemorações das vitórias e tomar banhos de piscina;
b) O Benfica, sendo, de longe, o clube mais popular, que arrasta metade da população portuguesa, e mais uma imensidade de pessoas um pouco por todos os cantos do mundo, e que gera receitas na exata medida da sua grandeza, foi campeão 7 vezes e venceu 4 vezes a Taça, nesses 16 anos;
c) O Benfica tem, desde essa data, registado excelentes desempenhos a nível internacional, com campanhas absolutamente fantásticas – como são exemplo as dos últimos anos, em que bateu recordes absolutos (de nulo) de vitórias e/ou pontos… - fazendo corar de vergonha qualquer equipazinha que no passado tenha sido por duas vezes campeã europeia e vencido a Taça Latina, ou que se tenha batido de igual para igual com Real Madrid, Barcelona, Milan, Liverpool ou Bayern;
d) Melhor ainda, tem sempre apresentado plantéis de excepcional qualidade – física, técnica e táctica… - onde pontificam atletas de grande poderio atlético e irrepreensível desempenho técnico, como provam as elevadíssimas taxas de eficácia e a excelsa capacidade do seu jogo, quer a defender, quer a atacar, abafando quase por completo todos os adversários que lhes surgem pela frente, sejam eles do Campeonato de Portugal, da 2.ª Liga, do fundo da tabela da 1.ª Liga ou da segunda e/ou terceira divisão europeia.

Claro que, na condução técnica dessa desenfreada vaga de sucessos, estiveram ao serviço do Benfica treinadores de suprema, e insuspeita, qualidade, como Camacho, Fernando Santos, Quique Flores, Rui Vitória e, agora, Bruno Lage, incomparavelmente superiores aos medíocres Otto Glória, Bella Guttmann, Jimmy Hagan, John Mortimore ou Sven-Góran Eriksson que, além de não terem ganho nada de especial no clube, ainda punham as suas equipas a jogar pior do que o Arrentela FC.
A somar a todas estas vantagens, o Benfica tem na presidência um cidadão de passado absolutamente impoluto, sem qualquer tipo de rabo preso nem ponta de envolvimento em processos judiciais, que se soube rodear de inúmeros benfiquistas desde pequeninos – também eles de irrepreensível conduta ética, moral e desportiva – que muito contribuíram para a preservação do bom nome do clube e nunca o expuseram a qualquer sorte de situações, os quais sempre serviram o clube sem dele receber rigorosamente nada – nem sequer uma oferta de pagamento de festas privadas…
Em função deste conjunto de circunstâncias, não admira que nos estejamos presentemente a bater pela conquista de sucessos, ao mais alto nível, no plano internacional, almejando – como já anunciado por diversas vezes! – vencer a Champions League e, quiçá, a Liga Interplanetária do Sistema Solar (se calhar é daí que assenta tão bem o cognome de Rei-Sol…), mesmo se para isso temos de ficar de fora de uma competição, a pontos, com equipas como o Vitória “Constipados” de Setúbal ou o Sporting “Queijo da Serra” da Covilhã…

(continua...)
De Dias Pereira a 17 de Janeiro de 2020
(... continuação)

Para prosseguir o bom desempenho actual, é importante que não se deixem escapar jóias como o Zlobin, o Ferro, o Jota, o Zivkovic, o Gedson e um ou dois Tavares, e que se continuem a contratar jogadores de superior qualidade como o Ferreyra, o RDT, o Ebuehi, o Conti, ou ainda Robertos, Patricks e tantos outros, que espalharam magia e classe por esses estádios fora. E que se continuem a comprar jogadores para colocar a rodar na equipa B, nos sub-23, na França, Inglaterra ou na China, sempre com o propósito de um dia integrarem a equipa principal e maravilhar os sócios, adeptos e simpatizantes, com o seu confirmadíssimo virtuosismo. Ou, então, com muita pena nossa, serem negociados para outras paragens, num exercício sempre muito pouco ansiado pelos agentes e parceiros estratégicos de negócio que, nessas operações, perdem avultadíssimas comissões, que cobrem do seu próprio bolso, num exercício de altruísmo desmedido para com o Benfica…

Quo Vadis, Benfica?
Entregue a uns quantos auto-proclamados benfiquistas – e a muitos assumidamente não benfiquistas! – que se lambuzam e banqueteiam lautamente, via negociatas nem sempre bem explicadas, e que usam o Benfica como escudo para toda uma sorte de situações, o clube está claramente refém desses protagonistas, que tudo secam à sua volta e que afastam, cada vez mais, verdadeiras referências do clube e benfiquistas de grande valor.
(Não sei quem se lembrou de lhe chamar Rei-Sol, mas eu, se me tivessem perguntado, ter-lhe-ia chamado Rei-Eucalipto… tal é a sede, e a velocidade, com que tudo seca à sua volta…)
Manipulados os estatutos, manietado o regular e escorreito funcionamento dos órgãos sociais, as eleições têm sido uma encenação de qualidade duvidosa.
E quando surge no horizonte uma sombra de eventual oposição – seja ela qual for – dá-se-lhe logo a recepção e o tratamento adequados. Isto é, põem-se os cães a ladrar para a caravana, ou aliciam-se os viajantes para o banquete
… E os que não cedem, são os maus benfiquistas
Acorda, Benfica! Acordem, benfiquistas!
Viva o Benfica!
Saudações benfiquistas!
De D'Arcy a 17 de Janeiro de 2020
Caro Dias Pereira, gostei muito de o ter a maldizer constante e incessantemente por aqui durante estes últimos anos. Agora, depois destes seus dois últimos comentários (e serão mesmo os últimos) vou pedir-lhe que por favor tente divulgar a sua propaganda noutras bandas, onde será certamente mais apreciada - sugiro por exemplo aquele espaço onde o insuspeito e benfiquista de gema Rui Gomes da Silva semanalmente ataca o Benfica como se de um qualquer Xico Marques se tratasse (creio que deve conhecer o espaço a que me refiro). Vai ver que vai encontrar por lá imensa gente que partilha das suas ideias.

Uma vez que a sua mensagem se pode resumir a que os sócios nas próximas eleições devem votar em quem quer que se apresente contra o Vieira, independentemente de quem for, de ter ou não projecto ou da validade ou não do mesmo, acho que é escusado estar sempre a repetir-se. Já percebi que o Vieira foi a pior coisa que aconteceu ao Benfica e que qualquer um que esteja minimamente associado ao homem é péssimo também. Mais: percebo também que qualquer benfiquista que tenha o descaramento de estar minimamente satisfeito por ganharmos cinco campeonatos em seis possíveis, incluindo um inédito tetra, por termos um treinador com uma taxa de vitórias imensamente superior a qualquer outro na história ou com a gestão que faz com que estejamos numa situação financeira e patrimonial francamente melhor do que qualquer um dos nossos adversários mais directos é obviamente um mau benfiquista, pouco elucidado ou cego. Basicamente não é benfiquista, é vierista - porque quem fica contente com uma vitória do Benfica presidido pelo Vieira não o fica pelo Benfica, mas sim pelo Vieira. Já percebi que foi desde que o Vieira chegou ao Benfica que deixámos de ser gigantes na Europa e perdemos a hegemonia interna, porque em Setembro de 2003 o Benfica respirava pujança e saúde. Lembro-me com saudade dos gloriosos tempos em que fomos treinados pelo Artur Jorge, pelo Manuel José, o Souness ou até mesmo quando o Velho Capitão (ou o Sr. Shéu, ou o Prof. Neca, ou o Pequeno Genial) vinha a correr apagar fogos porque o sucesso do Benfica era tanto que os nossos treinadores estavam constantemente a ser levados pelas outras grandes equipas europeias, as noites europeias de fulgor como em Vigo e tantas, tantas outras alegrias. Lamentável a forma como o Vieira interrompeu esse ciclo glorioso. Foi em 2003 que a desgraça começou. Já sei portanto que neste momento o importante para o Benfica é tirar o Vieira dali e com sorte até poderemos recuperar esse período áureo. Já recuperar o período dos anos 60/70 pode demorar um pouco mais de tempo - temos que esperar que Portugal volte a mandar em Angola e Moçambique para termos acesso ilimitado a uma base de recrutamento muito maior e que 90% das equipas voltem a ser amadoras, mas com o presidente certo à frente do Benfica nada será impossível. Pode considerar a sua cruzada um sucesso: a mensagem já passou.

P.S.- A sério, não se incomode a responder. A resposta será apagada sem sequer ser lida. Já conseguiu esgotar, e por muito, a minha paciência e tolerância. Não é que a sua posição esteja certa ou errada, simplesmente não é a minha forma de ver as coisas e eu não tenho obrigação de estar constantemente a ser martelado com ela. A maledicência incessante cansa-me.
De Pitons na Boca a 17 de Janeiro de 2020
Aplaudo de pé, D'Arcy.
Se é que ainda havia dúvidas, finalmente caiu a máscara a este Dias Pereira, ficando bem vincada a forma "peculiar" de "ver" os jogos e ao que vinha cá fazer.
Como compreendo esta tua tomada de decisão.
De Dylan Evc a 17 de Janeiro de 2020
E nessas "outras bandas" pode acrescentar o "Ontem vi-te no estádio da luz". Existem muitos espaços onde o sr. Dias Pereira pode fazer sucesso e sabe-se lá, carreira!
De D'Arcy a 18 de Janeiro de 2020
Desde que o autor desse espaço, já há uns bons anos atrás (na altura em que eu fazia regularmente um programa na BTV) teceu considerações sobre o meu carácter sem me conhecer de lado nenhum que eu fiquei elucidado sobre aquilo que o move e o nível da pessoa em questão. Por regra evito gente mal educada.
De António Madeira a 18 de Janeiro de 2020
O espaço é teu, mas, ao fim de tantos anos, também é nosso.
O mínimo que posso dizer é: já vai tarde.

O problema da Internet é precisamente este, dá-se demasiada voz e atenção a quem torna os espaços de debate irrespiráveis, quando dantes essas vozes não saíam do café da esquina ou do sofá da sala. Como alguém disse, há benfiquistas que não merecem o clube que têm. Não por serem menos ou mais benfiquistas que eu ou outros, mas por serem incapazes de viverem uma alegria que lhes ultrapasse a vida triste que levam.
Eu não tenho vergonha de o dizer: orgulho-me de estar vivo para ver o atual Benfica. Um Benfica renascido, que luta sozinho contra um sistema que vai cair de podre, um Benfica que se continua a renovar, adaptando-se ao futebol moderno dos petrodólares, tendo conseguido virar a página negra da sua História e encarar o futuro, mantendo a sua matriz clubística, com os sócios enquanto entidade máxima.
Vivi os gloriosos anos 80, com tudo o que essa glória implicou para a ruína que se seguiu; vivi os anos 90 da operação coração e da Luz às moscas em que vencer por mais de 2 era um feito extraordinário; e vejo agora tudo o que se fez nestes últimos 15 anos a todos os níveis e confesso que me custa perceber que haja quem só veja coisas erradas. Não há discurso racional que explique ou justifique um discurso destes perante o que foi feito no nosso passado recente. Resta apenas a explicação no âmbito do foro psiquiátrico ou uma agenda onde os interesses próprios se sobrepõem aos interesses do Clube. E se a primeira hipótese é apenas triste, a segunda é intolerável.

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