Bem, a continuarmos por este caminho em breve começarão a faltar-me adjectivos negativos para classificar as exibições do Benfica e dar título aos meus posts. Passámos à final da Taça da Liga, eliminando o Boavista nos pontapés da marca de penálti, mas a exibição voltou a ser penosa e no cômputo dos noventa minutos parece-me que foi o Boavista quem mais fez para ganhar.
Havia algumas ausências certas para este jogo, às quais se juntou o Rafa à última hora. Por isso o Benfica entrou em campo disposto num 4-3-3, no qual o Morato ocupou o lugar do Otamendi, o Diogo Gonçalves jogou na ponta direita em vez do Rafa, e o Yaremchuk foi o ponta-de-lança. A melhor forma de descrever o desempenho do Benfica ao longo de todo o jogo é que este foi quase sempre em declínio. Não entrámos muito mal, tivemos uma boa ocasião logo nos primeiros minutos e chegámos ao golo ainda cedo, pouco depois do primeiro quarto de hora. O Everton aproveitou uma atrapalhação disparatada entre dois defesas do Boavista para se isolar e finalizar sem hipóteses para o guarda-redes. Depois foi sempre a cair, a chegar cada vez menos à baliza adversária e a praticar um futebol horrível de se ver. Nos primeiros minutos da segunda parte o Boavista chegou ao empate através de um penálti anedótico cometido pelo Morato, que tentou sair da área a jogar, permitiu a carga e a recuperação da bola por parte de um adversário e acabou por derrubá-lo. Consentido o empate o declínio foi ainda mais acentuado e foi o Boavista quem mais ocasiões criou para chegar à vantagem, explorando quase sempre o nosso lado direito, onde o Lázaro nada conseguia fazer em termos defensivos, e obrigando o Vlachodimos a justificar a distinção de melhor jogador em campo. Com dois terços do tempo de jogo decorrido o Benfica tinha feito quatro remates e o Boavista tinha mais do triplo. O primeiro pontapé de canto de que o Benfica beneficiou foi aos oitenta minutos de jogo. Só mesmo nos minutos finais é que o Benfica melhorou, com as entradas do Meïté e do Radonjic para os lugares do João Mário (lamento, mas está a tornar-se uma embirração minha e dou sempre comigo a achar que só serve para empastelar ainda mais o nosso jogo) e do Everton. Aí o Boavista dedicou-se a queimar o tempo que restava, com os jogadores a deixarem-se ficar no relvado à menor oportunidade de forma a arrastar o jogo para os pontapés da marca de penálti, tendo o Benfica tido uma boa ocasião para evitar isso já sobre a hora num remate do Pizzi (tinha entrado instantes antes, presumivelmente já a pensar no desempate que se seguiria) que foi defendido com dificuldade pelo guarda-redes do Boavista. Aí chegados, o Boavista falhou os seus três primeiros (dois foram para fora e outro foi defendido pelo Vlachodimos) enquanto que o Benfica falhou o seu primeiro, pelo Pizzi, e marcou os dois seguintes pelo Grimaldo e o Meïté. A partir daí ficámos a uma falha do Boavista ou mais um penálti marcado por nós de nos apurarmos. O Vertonghen desperdiçou a sua ocasião acertando no poste, mas no último penálti o Weigl confirmou o apuramento.
O melhor do Benfica foi, mas a larguíssima distância, o Vlachodimos. O que num jogo contra o Boavista diz muito sobre a nossa exibição.
Mudam os treinadores, mudam os sistemas tácticos, mudam os titulares, até já mudou o presidente e as exibições miseráveis continuam. O futebol que o Benfica pratica não é consentâneo com a qualidade dos jogadores que compõem o nosso plantel. Não é de agora, mas a situação tem vindo a agravar-se e, pior ainda, com o novo treinador essa devolução é agora de tal forma galopante que é visível de jogo para jogo - cada jogo parece ser ainda pior do que o anterior. Não sei quem será o adversário na final, mas as perspectivas para a mesma não são as melhores.
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