Em modo de poupança para Barcelona vencemos com facilidade o Nacional, num jogo que poderia já estar resolvido ao intervalo mas em que por termos demorado demasiado a chegar ao terceiro golo, fomos mantendo acesa a chama do Nacional.
Seis alterações no onze: Samuel Soares na baliza, Leandro Santos, Dahl, Bruma, Amdouni e Belotti foram chamados à titularidade, mantendo-se a dupla de centrais e do meio campo, mais o Carreras. O Nacional veio jogar à Luz numa estratégia bastante arriscada, com a linha de defesa muito subida, e tirando partido disso o Benfica foi capaz de criar várias situações perigosas com lançamentos para as costas da defesa, sobretudo para as desmarcações do Bruma e do Belotti. O primeiro golo apareceu logo aos cinco minutos, e já depois de uma boa situação do Bruma um par de minutos antes, numa recuperação adiantada da bola por parte do Dahl, que depois até definiu mal a jogada já dentro da área mas a bola acabou por sobrar para o remate do Amdouni. Depois disto, começou o espectáculo à parte dado pelo guarda-redes do Nacional, que foi negando o golo ao Benfica por diversas ocasiões, já que o Nacional não desistia de jogar no risco e continuava a ser sucessivamente batido em velocidade com bolas metidas no muito espaço que existia nas costas da sua linha defensiva. O Amdouni destacava-se nesta altura e por duas vezes viu o guarda-redes negar-lhe o segundo golo. Na segunda delas, numa recarga a um primeiro remate do Belotti, apesar da grande defesa do guarda-redes achei que poderia ter colocado mais a bola, já que teve tempo e espaço para isso, em vez de rematar em força mas quase à figura. Aos dezanove minutos, mais uma bola longa colocada nas costas da defesa do Nacional (pelo Carreras) isolou o Bruma e o Belotti, e depois do passe do primeiro para o segundo em posição frontal, o italiano falhou o remate mas foi tocado por um adversário na área. Penálti para o Benfica, que o árbitro manteve mesmo após chamado pelo VAR a rever o lance, e o Kökçü converteu sem dar hipóteses - bola para um lado e guarda-redes para o outro. Depois disso o Nacional teve uma grande ocasião para marcar, que só não foi convertida porque o Carreras conseguiu bloquear o remate. Continuou entretanto o duelo particular entre o Benfica e o guarda-redes Lucas França, que defendeu remates do Kökçü, Aursnes e Belotti, sendo este último uma ocasião flagrante, na qual o italiano foi deixado em frente à baliza com um passe fantástico de primeira do Kökçü, na área. E depois de tanto desperdício, arriscámo-nos a ir para o intervalo apenas com um golo de vantagem: o VAR detectou um penálti cometido pelo António Silva, mas o Samuel Soares respondeu à altura e parou o penálti com uma grande defesa.
A segunda parte começou com mais uma grande oportunidade para o Benfica, na qual o Bruma, desmarcado pelo Amdouni, rematou de forma a levar a bola a bater na parte de fora do poste. Nestes minutos iniciais ainda voltámos a colocar a bola na baliza do Nacional, no que seria um golo fabuloso do Dahl, num remate de primeira de pé direito de fora da área, mas o Bruma estava em fora de jogo no início da jogada e o lance foi devidamente invalidado. A resposta do Nacional foi uma enorme ocasião de golo, na qual o seu avançado, isolado a dois ou três metros da linha de golo, fez-se à bola de forma atabalhoada e acabou por atirar ao lado. Mas à medida que o relógio foi avançando ficou a sensação de que o Benfica foi começando a pensar cada vez mais no jogo em Barcelona e a reduzir a intensidade, permitindo ao Nacional cada vez mais posse de bola e espaço. Só quando a pouco mais de vinte minutos do final fizemos quatro substituições em simultâneo (entraram Barreiro, Aktürkoglu, Pavlidis e Renato, saíram Kökçü, Amdouni, Belotti e Dahl) é que voltámos a ter o jogo mais controlado e criámos mais ocasiões para marcar. Um bom trabalho do Pavlidis na área que não deu golo porque um defesa do Nacional conseguiu um corte de carrinho no limite, e já com o Schjelderup no lugar do Bruma, um passe deste proporcionou uma boa ocasião ao Barreiro, de cabeça, que mais uma vez o guarda-redes do Nacional negou. Chegados ao tempo de compensação, novo penálti 'de VAR', com este a detectar um toque com a mão de um defesa do Nacional numa nova tentativa de cabeceamento do Barreiro. Desta vez foi o Pavlidis a marcá-lo, e também ele o marcou de forma exemplar, colocando a bola no ângulo superior e com o guarda-redes mais uma vez a cair para o outro lado.
O Amdouni aproveitou a titularidade e foi um dos jogadores em destaque durante a primeira parte. Depois na segunda foi perdendo gás e foi bem substituído. O Otamendi fez mais uma exibição muito boa, ganhando quase todos os duelos e recuperando diversas bolas em antecipação. Gostei também do Kökçü, do Carreras e do Samu. Achei que o Bruma complicou demasiado as jogadas e esteve demasiadas vezes mal na definição: foram várias as vezes em que recebeu a bola em situações em que estávamos praticamente em igualdade numérica com a defesa, e ele acabou por complicar e as jogadas perderam-se. Gostaria também que o Leandro fosse mais atrevido, já que o vi muitas vezes ganhar a linha de fundo e, em boa situação para cruzar, optou por travar a jogada e fazer um passe atrasado.
Mais uma vez, e a exemplo do que temos feito recentemente nestas situações, fizemos uma boa rotação da equipa e conseguimos resolver com relativa tranquilidade o jogo, gerindo o esforço para o compromisso europeu. É reconfortante saber que temos opções suficientes no plantel para nos permitirmos fazer este tipo de gestão.
bola nossa
-----
-----
Diário de um adepto benfiquista
Escolas Futebol “Geração Benfica"
bola dividida
-----
para além da bola
Churrascos e comentários são aqui
bola nostálgica
comunicação social
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.