Missão cumprida. O Benfica fez a sua obrigação e venceu o Dínamo, e em Munique o Bayern também fez a sua parte e bateu com facilidade o Barcelona. A conjugação destes resultados significou o regresso do Benfica aos oitavos de final da Champions, quatro anos depois da última vez.
Depois da péssima exibição no último jogo, não se mexeu no sistema mas mudaram três jogadores no onze titular: Gilberto, Pizzi e Yaremchuk entraram e Lázaro, Everton e Darwin saíram. O Benfica teve uma boa entrada no jogo, com uma pressão alta e agressiva que permitiu muitas recuperações de bola em zonas adiantadas. Ainda o primeiro minuto não estava terminado e já o Benfica criava (e desperdiçava) a primeira grande ocasião de golo. O Yaremchuk ganhou bem sobre um defesa, rematou para a defesa do guarda-redes e a seguir o Rafa atirou por cima quando tinha tudo para marcar. A resposta do Dínamo, pouco depois, provocou um grande susto, pois falharam uma ocasião ainda mais flagrante do que a nossa, quando depois de ficarem com dois jogadores em frente ao Vlachodimos, com a baliza escancarada o avançado do Dínamo atirou de forma inacreditável por cima. Mas nesta fase o Benfica estava claramente por cima e criava diversas situações de finalização, sempre muito por culpa da agressividade com que o Benfica pressionava ainda no meio campo adversário e com o João Mário e o Rafa em particular destaque, participando em quase todas as jogadas de ataque. Chegámos ao primeiro golo ainda cedo, aos dezasseis minutos, precisamente numa jogada construída por estes dois jogadores sobre a esquerda, que terminou com o passe atrasado do João Mário, já sobre a linha final, para o Yaremchuk finalizar. O Benfica continuou a pressionar e o segundo golo surgiu seis minutos depois, fruto dessa mesma pressão. Um mau atraso de um jogador adversário na zona defensiva deixou o Gilberto isolar-se sobre a direita e a finalização dele foi perfeita, colocando a bola no ângulo superior mais distante. Tudo a correr bem, e pouco depois começaram a chegar as boas notícias de Munique, por isso tudo se encaminhava para uma noite tranquila. Que até acabou por ser, porque os dois golos de vantagem davam algum descanso e em Munique o resultado foi-se avolumando, mas não foi propriamente um jogo agradável de seguir. Isto porque a partir da fase final da primeira parte, prolongando-se para a segunda parte, assistimos à tradicional forma do Benfica 'gerir' resultados. Isto significou acabar com a pressão alta que tão bons resultados estava a dar, baixar linhas e entregar a bola e a iniciativa do jogo ao adversário. Por isso foi ver o Dínamo a jogar e a dominar completamente o jogo e pouco mais (apesar de me parecer que ficou pelo menos um penálti por marcar a nosso favor). Não foi bonito de ver, acabámos o jogo com 36% de posse de bola, o que é completamente anormal num jogo nosso em casa, mas no final atingimos os objectivos e isso é o mais importante - mas tenho a perfeita noção que caso o Dínamo tivesse conseguido marcar um golo, seria uma tremideira até final.
No Benfica destaco sobretudo o João Mário e o Rafa como os jogadores em maior evidência. O Weigl e o Yaremchuk, enquanto teve pernas, também estiveram bem. Por último, o Gilberto. Não é dos mais bem amados do plantel, mas eu acho que deu um salto qualitativo enorme da época passada para esta, e parece-me ser a opção mais sólida para a posição de lateral direito, no meio das constantes alterações e experiências que têm sido feitas nessa posição esta época (pelas minhas contas, já vi seis jogadores diferentes a jogar ali, sem contar com o Paulo Bernardo nos jogos da pré-época).
Objectivamente, quando foi feito o sorteio e vimos o Bayern e o Barcelona no nosso grupo quase todos pensámos que o objectivo seria a Liga Europa. O Benfica acaba por fazer uma fase de grupos positiva, com duas derrotas frente ao cabeça de série do grupo e depois empates fora e vitórias em casa contra as duas outras equipas. Isto normalmente é um desempenho suficiente para discutir o apuramento, e foi o que acabou por acontecer. A equipa está portanto de parabéns por este apuramento, contra as expectativas iniciais. No passado já estivemos incluídos em grupos bem mais acessíveis e ficámos pelo caminho. Agora seria bom que a equipa utilizasse a motivação deste apuramento para subir o nível de desempenho em relação ao que tem mostrado nos últimos jogos.
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