Repetição do resultado frente ao PSG, o que nos deixou ainda mais perto do apuramento e prolongou a série invencível deste início de época. Não foi um jogo tão aberto como o disputado na Luz, foi muito mais táctico e teve muito menos ocasiões de golo, mas mais uma vez conseguimos bater-nos olhos nos olhos com os franceses e conquistar um resultado inteiramente justo, já que ambas as equipas acabaram por se anular uma à outra.
Devido à ausência forçada do Neres, foi necessário mexer no onze e o Roger Schmidt apostou numa estratégia mais conservadora, colocando mais um médio - o Aursnes foi o escolhido. Isto significou jogar sem extremos, pois o Aursnes jogou mais pela esquerda e o João Mário pela direita, fechando no meio sempre que necessário. Quem esperasse um qualquer massacre do PSG desde o apito inicial depressa terá ficado desiludido. As equipas encaixaram uma na outra e o jogo foi, pode mesmo dizer-se, aborrecido. Muito poucas chegadas à baliza, e nem sequer os desequilibradores mais óbvios conseguiam criar grandes problemas às defesas adversárias - acho que durante o jogo houve dois remates à nossa baliza e um à baliza do PSG, incluindo os dois penáltis, e não me recordo de nenhuma defesa mais apertada por parte dos guarda-redes. O golo do PSG apareceu a cinco minutos do intervalo num penálti cometido pelo António Silva, que chegou atrasado ao lance e acabou por derrubar o Bernat, e convertido pelo inevitável Mbappé. Na segunda parte, fiquei com a sensação de que os dois médios-ala, em especial o Aursnes, apareceram a jogar mais junto dos dois médios centro, dando-nos superioridade numérica no meio campo. Se calhar o raciocínio do nosso treinador pode ter sido sufocar o génio Vitinha, que um pseudo-jornal da nossa praça descobriu que é o verdadeiro responsável pelo facto do Messi, o Mbappé ou o Neymar serem estrelas mundiais. Mas passou a ser frequente vermos sobretudo o Enzo com bastante liberdade para receber a bola e decidir como dar seguimento às jogadas, enquanto que o Verrati andava por ali a correr desenfreadamente para acudir a todos o os fogos. Numa dessas situações entrou de forma mais impetuosa ao lance e já não conseguiu evitar o toque no Rafa. Como não estamos em Portugal, o VAR fez o seu trabalho e alertou o árbitro sobre a falta (é simplesmente absurdo comparar a frequência de penáltis assinalados a nosso favor nos jogos europeus - nos quais nem sequer habitualmente submetemos os adversários a pressão tão intensa e portanto não temos tantas jogadas na área deles - com aquela que ocorre nos jogos das competições nacionais). O João Mário não tremeu e marcou o penálti de forma bastante semelhante à que tinha feito contra a Juventus. A partir daqui não vou dizer que ambas as equipas se conformaram com o resultado, mas pelo menos não me pareceram particularmente incomodadas com ele e portanto não pareciam muito dispostas a correr riscos desnecessários para voltar a marcar. A situação mais perigosa para o Benfica foi uma na qual o recém entrado Draxler andou à procura de espaço para rematar na área, mas acabou por ter o remate bloqueado por um defesa.
Num jogo que não foi tecnicamente brilhante, achei que os maiores destaques terão sido os argentinos Otamendi e Enzo, bem acompanhados pelo João Mário, que atravessa um momento de grande confiança. Aliás, a confiança é tanta que por mais de uma vez o vi tentar ganhar lances em velocidade aos adversários. Quando o fez com o Hakimi, achei piada. Quando o fez com o Mbappé, ri-me mesmo.
Com uma sorte descomunal, continuam a atravessar-se no nosso caminho adversários que estão na sua pior forma de sempre, e portanto a invencibilidade vai-se prolongando. Aqueles que esfregavam as mãos de contentes na altura do sorteio quando viram os nomes da Juventus e do PSG no nosso grupo entretanto já chegaram à conclusão que eles são, na verdade, fracos. Já vi inclusivamente lançada a teoria de que as estrelas do PSG se estão a poupar para o Mundial. Indiferentes a isto, a conjugação de resultados significa que em princípio um empate num dos dois jogos que restam deverá ser suficiente para assegurar a passagem, mas tal até poderá não ser necessário - para não passarmos, uma das outra duas equipas terá forçosamente que vencer o Benfica e o PSG nos dois jogos que faltam, o que não sendo impossível, é pelo menos pouco provável. A seguir, Caldas para a Taça, para abordar com exactamente a mesma seriedade que este duelo com o PSG o foi.
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