VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Sábado, 20 de Novembro de 2021

Resgate

Um pontapé inspirado do Grimaldo e uma alteração táctica acabaram por permitir ao Benfica o resgate de um jogo que já começava a parecer perdido, e assim continuar na Taça de Portugal.

1.jpg

Helton na baliza, Radonjic na direita, Andrá Almeida como central e Gedson no meio campo foram as novidades no onze, que contou também com a esperada presença do Morato no lugar do lesionado Lucas Veríssimo e . A primeira parte foi a repetição de um cenário que nos é cada vez mais familiar, no qual revelamos sempre muita dificuldade perante equipas que estacionam o autocarro. À falta de dinâmica para incomodar constantemente o adversário, com a já habitual excessiva circulação de bola e a frequente ausência de jogadores na zona de finalização, soma-se também uma irritante tendência para o desperdício das poucas ocasiões que criamos. Pelo menos três delas foram claríssimas (Darwin, Rafa e Everton) e o guarda-redes defendeu duas, enquanto que o Rafa acertou no poste. Nas bolas paradas, a também habitual ineficácia, pois devemos ter tido perto de uma dúzia de pontapés de canto durante a primeira parte e quase nunca criámos uma situação mais complicada - digo quase porque a excepção foi um cabeceamento em balão do André Almeida que obrigou o guarda-redes a uma defesa apertada para evitar o golo. Depois nestas situações é quase uma certeza matemática que numa das poucas situações em que o adversário for à frente vai marcar. O que se verificou novamente, logo na fase inicial da segunda parte. Uma fuga pelo lado direito da nossa defesa - onde já estava o Lázaro depois do Radonjic ter saído lesionado - resultou num cruzamento rasteiro para um corte incompleto do Vertonghen que acabou por deixar a bola solta para o remate do 'nosso' Nuno Santos fazer o primeiro golo do jogo. Seguiu-se o expectável desnorte do Benfica, até que a meia hora do final finalmente desfizemos o esquema de três centrais com a entrada do Pizzi e do Taarabt para os lugares do André Almeida e do Gedson, passando a jogar num esquema mais próximo do 4-3-3. Sem grandes resultados imediatos, excepção feita a um cabeceamento do Darwin feito de costas para a baliza que levou a bola a cair sobre a barra, as coisas só mudaram a quinze minutos do final quando com as entradas do Seferovic e do Gonçalo Ramos para os lugares do Darwin e do Weigl mudámos declaradamente para um 4-4-2, que até tendia mais para um 4-2-4. O Benfica jogava agora no risco de não ter um médio de contenção, mas tendo em conta que o Paços já tinha abdicado completamente do ataque esse risco era relativo. A doze minutos do final o Benfica perdia em casa contra uma equipa que não vence um jogo desde Agosto, e estava virtualmente eliminado da taça. Até que, num livre directo sobre a direita e ainda bem longe da área, o Grimaldo arrancou uma bomba que levou a bola a entrar bem junto ao ângulo superior da baliza do Paços, e tudo mudou. Com muito maior presença na área, daí até final somámos mais três golos, dando uma expressão ao resultado que acaba por não expressar as dificuldades por que passámos neste jogo. O Seferovic desfez o empate num cabeceamento subtil desferido bem no centro da área, a passe do Taarabt, que fez a bola entrar junto ao poste mais distante. O Paços então desfez o autocarro e os nossos golos continuaram, O terceiro pelo Rafa, num remate rasteiro muito colocado a partir da meia lua, que fez a bola entrar outra vez bem junto do poste. E já nos descontos, numa jogada em que o Benfica trouxe a bola desde a sua área até à baliza adversária, um passe do Seferovic deixou o Everton na cara do guarda-redes para finalizar.

2.jpg

O Rafa voltou a ser um dos elementos em destaque, mas a entrada do Seferovic foi um dos factores decisivos. Contra equipas tão fechadas o Benfica não se pode dar ao luxo de não ter uma presença mais constante na área, e o Darwin é um avançado que está constantemente a fugir para as alas. Com a entrada do Seferovic (e do Gonçalo Ramos) passámos a criar problemas ao Paços que raramente tínhamos criado até então, e a chave da vitória passou muito por aí.

 

Honestamente, gostaria que este jogo pudesse marcar um abandono dos três centrais e um regresso ao mais familiar 4-4-2. Parece-me ser um esquema táctico mais adequado ao Benfica, sobretudo agora que perdemos o Lucas Veríssimo até ao final da época. Para já, hoje este esquema permitiu-nos dar a volta a um cenário muito complicado, o que duvido que tivesse acontecido se nos tivessemos mantido no plano inicial.

tags:
publicado por D'Arcy às 00:27
link do post
De Adriano Fontes a 20 de Novembro de 2021
Discordo praticamente em absoluto. Tendo eu 40 anos, julgo poder dizer que vejo jogos do Benfica ha pelo menos 35, e ha efectivamente aqueles jogos que se sente que as coisas estão tremidas. Mas também há outros, aqueles que mesmo não marcando, mesmo com o adversário a marcar primeiro, se sente que vai cair para o nosso lado. E este, muito sinceramente, em nenhum momento achei que o iamos perder.
Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

escribas

pesquisar

links

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

arquivos

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

tags

todas as tags

posts recentes

Persistência

Cumprida

Chave

Reflexo

Desastrosa

Inócua

Rajada

Consistência

Revolução

Medíocre

origem

E-mail da Tertúlia

tertuliabenfiquista@gmail.com
blogs SAPO

subscrever feeds