Ainda passámos por um pequeno susto na primeira parte mas acabámos por garantir a passagem aos quartos da Taça sem demasiada dificuldade, num jogo que dominámos quase sempre e assentes numa reacção muito forte na fase inicial da segunda parte, deixando tudo resolvido num intervalo de apenas seis minutos frenéticos.

Algumas alterações no onze, poucas, a primeira das quais já tinha sido anunciada: na baliza jogou o Samuel Soares. As outras foram o regresso do Bah à direita, o Barreiro no meio campo em vez do Kökçü, e o Cabral a liderar o ataque. Nada de muito radical, portanto. Até entrámos bem no jogo, o Di María esteve perto de marcar um golo monumental logo nos primeiros minutos, mas infelizmente voltámos a conceder um golo na primeira vez que o adversário foi à nossa baliza. Aos sete minutos, na sequência de um pontapé de canto em que ninguém atacou a bola na zona do primeiro poste e o António Silva acabou por se deixar antecipar pelo avançado do Farense. A nossa reacção ao golo não foi boa. O Farense fechou-se muito atrás e nós revelámos as habituais dificuldades contra equipas muito fechadas: lentidão de processos e muita circulação de bola sem progressão. O resultado foi chegarmos ao intervalo com zero remates feitos à baliza adversária, um registo horrível para nós num jogo destes. Outra contrariedade grande foi a saída do Di María ainda no final da primeira parte com queixas físicas, entrando o Amdouni para o seu lugar. Para a segunda parte viemos com uma disposição diferente, o Amdouni mais perto do Cabral e o Aursnes mais sobre a direita, tendo ele e o Schjelderup ocupado terrenos mais interiores para que os laterais se projectassem mais sobre as alas. E conforme referido, no espaço de seis minutos resolvemos tudo. Aos cinquenta e seis o Barreiro progrediu pela esquerda e colocou a bola no Schjelderup, que encontrou espaço entre os defesas para vir mais para dentro e marcar com um remate forte. Logo a seguir foi o Carreras quem, novamente pela esquerda, começou a correr desde as imediações da nossa área, deixou quatro adversários para trás, e depois de ultrapassar a linha do meio campo fez um passe longo para o Cabral do outro lado do campo, que com um toque fez uma recepção orientada e com outro desferiu um remate cruzado para o golo. Tempo entre os dois golos: um minuto e treze segundos. Finalmente, aos sessenta e dois, um golo construído pelo outro lado, entre o Bah, o Aursnes, o Amdouni e o Cabral, com este último já muito perto da baliza e perto da linha de fundo a tirar um defesa da jogada com um grande pormenor individual e a ver o golo ser-lhe negado por uma boa defesa do guarda-redes, que já não conseguiu parar a recarga do Bah. Não houve muito mais história depois disto, apenas achei que com o Farense obrigado a atacar abriram-se mais espaços para nós que poderíamos ter aproveitado melhor, mas na fase final já tínhamos o Aktürkoglu e o Pavlidis em campo, que continuaram no registo que lhes tem sido habitual ultimamente. Nota final apenas para a estreia do Bajrami pela equipa principal, nos minutos finais do jogo.

Os jogadores em maior destaque para mim foram o Carreras, o Schjelderup e o Cabral. Em relação a este último (grande golo, à ponta-de-lança, e intervenção decisiva no lance do terceiro golo) tendo em conta a nível exibido pelo Pavlidis nos últimos tempos, se calhar merecia uma oportunidade mais a sério no onze. Bem sei que se calhar até pode ser novamente titular no próximo jogo e depois ficar em branco, mas eu não estou a falar de dar-lhe apenas um jogo e depois devolvê-lo ao banco se a coisa correr mal. Da última vez (e já foi há algum tempo) em que foi aposta mais consistente ele começou a marcar golos regularmente e depois de forma incompreensível o Roger Schmidt tirou-o da equipa. O Schjelderup vai dando sinais de que pode ser um grande reforço de inverno, e em boa hora aparece dada a quebra do Aktürkoglu. Tenho gostado do que vejo e esperemos que seja para continuar. Sobre o Carreras já não há muito a dizer, apenas espero o consigamos segurar no verão, porque não desejo ter mais um episódio da novela que costuma ser arranjarmos um defesa esquerdo em condições (e posso também acrescentar que acho muito má ideia se por acaso vendermos o Beste nesta janela de mercado).
Ultrapassada esta eliminatória temos agora um caminho favorável até à final - jogaremos os quartos em casa, e se passarmos teremos um jogo contra uma equipa do Campeonato de Portugal nas meias. Voltar a vencer a Taça de Portugal é algo que todos os benfiquistas desejam muito. Entretanto o ritmo frenético de jogos continua e temos já na sexta o jogo contra a equipa que nos derrotou logo na abertura da liga. Tenho curiosidade em ver que onze apresentaremos, dada a gestão física que terá que ser feita a pensar também no encontro da Champions que se segue.
De BI-CAMPEÃO EUROPEU 1960/61 e 1961/62 a 15 de Janeiro de 2025
Sem espinhas. Normal e Natural. Eis, como devem ser, as vitórias do nosso Glorioso SLBENFICA.
De verdadeiramente anormal, apenas " a "normal" passividade do Benfica na marcação de pontapés de canto, tanto contra a nossa equipa como a favor dela!!!!´
Vêmo-nos "gregos" para marcarmos um golo de pontapé de canto, mas sofrê-los, ah, nisso somos uns campeões!!!!!
Reparem bem no golo que sofremos: existe um AMONTOADO de jogadores do Benfica dentro da sua pequena área sem saberem o que fazer de facto, e só se vêem jogadores do Farense no ar à procura da bola, e os nossos jogadores todos bem coladinhos ao relvado sem esboçarem um pequeno esforço para se elevarem, resultando disso que a bola é cabeceada por um jogador farense completamente à vontade e sem marcação, e depois o nosso guarda-redes Samuel Soares, coitado, apenas só pode olhar para a bola e vê-la entrar, pois naquelas circunstâncias só um taipal a tapar a baliza toda impediria o golo dos farenses!!!!
Conclusão: HÁ MUITO FALTA DE TRABALHO do sr. Lage e seus comandados neste tipo de lances.
Se o Título e a descida de divisão dependessem 90% deste tipo de lances, de certeza que seríamos os primeiros candidatos à descida à divisão inferior.
Sr. Lage, deixe-se de palavrinhas mansas e de cantar loas e implemente TRABALHO TRABALHO TRABALHO e verdadeira MENTALIDADE DE CAMPEÃO.
Hoje no Mundo do Futebol Profissional altamente competitivo e com muitas e muitas manhas e "jogadores" caceteiros e simuladores, não basta apenas ter bons jogadores, é preciso que esses bons jogadores sejam também autênticos e verdadeiros Atletas, atletas com força física e mental e verdadeiramente MENTALIZADOS para ganahrem e serem Campeões.
Se essa MENTALIDADE passar a existir de facto no BENFICA, o nosso querido Clube não terá rival em Portugal, e ganhará Campeonatos e Taças, não à rasquinha ou à espera de um golpe de sorte, mas "COMO QUEM LIMPA O CÚ A MENINOS"!!!...Ou seja, quase que a jogar de costas para a baliza adversária!!!
Duas notas finais: 1ª - Álvaro Carreras continua a ser a VERDADEIRA ALMA DESTA EQUIPA. Este sim, parece ser, tal como eu e milhões de viventes, BENFIQUISTA DESDE PEQUENINO.
2ª. - Pela primeira vez este ano em jogos do nosso Benfica me parece ter havido dentro do relvado alguém com apito na boca que apresentou alguma coisa de Árbitro!!!
Nos demais jogos - EM TODOS ELES - o que nos foi presenteado foi uma VARA DE PORCOS APITADORES formatados para empurrarem o Benfica para baixo.
Rui Costa abre os olhinhos de uma vez e deixa de sofrer nas bancadas como um cão quando estamos a perder nos jogos - como se viu neste jogo quando o Farense estava a ganhar por 1-0 - e actua, faz alguma coisa pelo Benfica que dizes tanto amar, e não permitas que os nossos jogadores sejam SACOS DE LEVAR PORRADA DOS ADVERSÁRIOS COVARDEMENTE sem que os mesmos sejam punidos e bem punidos pelas Leis do jogo.
Era só isso. Temos TUDO para sermos Campeões e vencermos a Taça de Portugal.
Só depende efectivamente da FORÇA E MENTALIDADE COMPETITIVA DE CAMPEÕES de quem está ao serviço do Maior e Melhor de Portugal, e de quem governa e dirige os destinos deste nosso tão lindo e belo SPORT LISBOA E BENFICA.
BENFICA BENFICA BENFICA ........ Sempreeeeeeeeeeeeeeeeeeee
De Nick Name a 15 de Janeiro de 2025
Má primeira parte compensada por esses excelentes seis minutos, seguidas por um tranquilo passeio até ao fim do jogo. Depois de alguns comentários inacreditáveis feitos por aqui depois do último jogo, segundo os quais este seria um dos jogos mais difíceis da época (!), seis minutos foram suficientes para encostar às cordas o Farense.
Conclusões a extrair: a ascensão do Schjeldrup, que marcou outro grande golo, e, o mais importante, a diferença abissal em termos de eficácia goleadora entre o Cabral e o Pavlidis.
Deixemo-nos de tretas e olhemos para os números, que são claros: Pavlidis tem 7 golos marcados em 1845 minutos jogados, Cabral tem 6 em 634 minutos. Acho que não é difícil determinar quem é que deve ser titular.
De Tinoni a 15 de Janeiro de 2025
Boa Análise do Jogo
1 parte foi mais do mesmo
Não gostei do A.Silva,deve andar aluado
Não gostei do Amdouni
Carreras sempre Bem
Os dois Noruegueses estiveram Bem ,sempre bem acompanhados pela Equipe
Gostei do Árbitro
É preciso gestão por causa da. Parte Física,vejam o Di Maria
Renato está outra vez Lesionado
Porquê????
Sexta feira estarei na Luz
Lage não inventes estuda bem o Famalicão
Não. Te baralhes
De Armando Cravo a 15 de Janeiro de 2025
Já li várias vezes que o Benfica na primeira parte, não fez qualquer remate enquadrado com a baliza do Farense e por isso eu como não sei, pergunto a quem sabe: Então aquele livre do Di Maria, que o Ricardo Velho defendeu com muita dificuldade, junto ao seu poste direito, não é um remate enquadrado com a baliza?! É que se ele não defendesse e ninguém cortasse a trajetória da bola, era golo!?
De
D'Arcy a 15 de Janeiro de 2025
Foi um cruzamento, e não me parece que a bola entrasse directa.
De Fernando Valente a 16 de Janeiro de 2025
Adoro seu comentário, realista e sério,correu bem a partir da 2ª parte mandamos no jogo. sobre as mudanças, A Silva como sempre entra a comer pipocas, fraquissimo na abordagem aos lances, medios dois defensivos não funciona, ataque Cabral o melhor dos 3, entrando grego e turco passamos a jogar com 9, teimosia do poeta de Setúbal mas ganhamos, venha o Famalicão de má memória. Carrega Benfica!!!!.
De Nick Name a 16 de Janeiro de 2025
Sõ uma pergunta, porquê tão poucos comentários? Já repararam que desde que o Benfica começou a ganhar, os abutres do costume desapareceram de cena? Já nem o Nutella Boy nos vem presentear com algumas das suas habituais pepitas de sabedoria... Estará de viagem pela Joenasholândia? O "benfiquismo"" desta gente é mesmo muito curioso...
De Luís Manuel a 16 de Janeiro de 2025
Olá D'Arcy, e obrigado pelo post.
Boa análise ao jogo e à nossa exibição. De facto, a primeira parte foi realmente uma cópia de tantas outras a que temos assistido, mas felizmente conseguimos ficar com melhor cara na segunda, sobretudo graças a esses poucos minutos em que percebemos que era preciso dar ao pedal para ganhar. Não gosto nada destes jogos em que o adversário se acantona no seu meio-campo e nós revelamos imensas dificuldades em arranjar soluções.
Grandes golos do Schjelderup e do Arthur, e faço minhas as tuas palavras em relação aos mesmos. Aliás, não percebo por que razão foi substituído o Arthur neste jogo, a não ser talvez por problemas físicos que desconhecemos. Concordo com os destaques individuais que fazes, e acrescento que gostei bastante do jogo do Otamendi. Até julgava que não ia jogar, mas parece que fisicamente continua bastante bem. E foram dele vários cortes importantes na defesa quando o Farense ia em busca do 2-3, em parte por não termos conseguido manter o nosso ataque vivo feito após as entradas do Pavlidis e do Akturkoglu. Sabes que não sou propriamente um grande admirador do Beste, mas tenho de reconhecer que fez bons jogos sempre que entrou e seria um disparate descartá-lo agora.
Descobri, também, que é possível tirar-se totalmente o som da TV e deixar de ouvir a ânsia destes comentadores à espera que o Benfica sofra um golo :) Assim que o fiz, logo no início da segunda parte, as coisas ficaram logo melhores. Agora já não quero outra coisa. Que se lixe o som do estádio, paciência.
Agora é concentrarmo-nos no jogo contra o Famalicão, e cheira-me que é capaz de ser outro daqueles jogos enervantes, até porque o Famalicão joga bom futebol. Espero estar enganado.
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