«No génio opera-se uma transição espontânea do sensível para o supra-sensível. Nele se encontram depositadas as “regras da natureza”, as estruturas secretas, escondidas, da criação. O artista génio não podia seguir regras, visto que detém o misterioso poder de as inventar. […] É preciso, diz Kant, que a natureza dê a sua regra à arte no próprio sujeito (e isso por meio da harmonia das suas faculdades), isto é, que as belas-artes só são possíveis com a produção do génio. O génio não é o resultado de uma aprendizagem: ele é “uma disposição inata do espírito”. Ele "não pode expor de que modo realiza a sua obra, mas dá a sua regra enquanto natureza e assim o autor de uma obra, que ele deve ao seu génio, não sabe ele próprio como lhe vieram as ideias, também não está em seu poder formar outras semelhantes, à vontade e metodicamente, nem comunicar aos outros preceitos que os ponham em estado de produzir regras semelhantes". Não existe ciência transmissível do belo. As belas-artes conhecem apenas um modo (modus) e não um método (methodus). Se é certo que o génio cria obras de beleza, ele tem, no entanto, mais relação com a sublimidade. Ele é, rigorosamente falando, a faculdade que faz conceber plenamente o sublime.»
Quando recentemente li este texto de France Farago sobre a Arte e o Génio, não pude deixar de ver naquelas palavras dois futebolistas geniais, os mais geniais que algum dia vi: Diego Maradona e Fernando Chalana. Depois destes, vi alguns aprendizes, alguns que se aproximaram desta sublimação, mas para que não se corra o risco de banalizar o adjectivo, geniais só vi dois: Maradona e Chalana.
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