
Mais do que todas as outras, as injustiças são questões da Justiça.
Acerca deste castigo [link], digam da vossa justiça.

Num momento da temporada particularmente delicado, as notícias que surgiam sobre o nosso Benfica vinham sendo não só preocupantes como, essencialmente, desmotivantes: as trapalhadas sucederam-se e tudo aquilo parecia atacado de falta de liderança (
vide versões contraditórias do Departamento Médico; o treinador a dizer que estava a preparar a próxima época com José Veiga e o Presidente a desmentir que Veiga volte, no imediato, ao Benfica…).
No entanto, duas notícias surgiram nesta última semana que, de alguma forma, me servem de paliativo: a vontade expressa por Nuno Gomes e Luisão de ficarem no clube. Foi, para mim, muito agradável ver a forma célere como Nuno Gomes apagou mais um foco de instabilidade ao afirmar ao mesmo site que o indicava fora do Benfica na próxima época que o Benfica é a sua casa (
link). Igualmente importantes foram as declarações de Luisão quando afirmou que vai “fazer tudo para permanecer e, na próxima época, pagar com o título.” (
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Efectivamente, é deste tipo de discurso e de práticas (assim espero) que o nosso Benfica necessita.
Não deixa, por outro lado, de ser motivo de reflexão o facto de que as únicas mensagens reconfortantes sobre o futuro tenham surgido de dois dos jogadores que mais peso têm na liderança do balneário. De outros lideres como o Presidente e o treinador o que tem surgido são mensagens que em pouco ou nada apaziguam ânimos.
Do Presidente o que se tem ouvido são discursos parcos de conteúdo e inflamados. Discursos que têm surgido nas inaugurações e aniversários das diferentes casas do Benfica. No caso de Santos, surge a já estafada e inconsequente mensagem de que, a duas jornadas do final do campeonato e com quatro pontos de atraso, ainda acredita na conquista de um título que ele próprio desbaratou (
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Sempre que o oiço dizer isto não consigo evitar um ligeiro sorriso. Efectivamente, o adágio popular tem a sua razão de existir: “a esperança é a última a morrer”. É este mesmo adágio que, apesar das recentes notícias, me leva a acreditar… na saída de Fernando Santos do Benfica.