Foi um apuramento tranquilo para o playoff da Champions, depois de mais um jogo no qual a superioridade do Benfica nunca esteve em causa. Repetimos o resultado da primeira mão e parece-me que se ajusta bem ao que se passou em campo, porque se é verdade que fomos muito superiores, também me pareceu que nem forçámos muito no ataque e por isso não criámos assim tantas situações de perigo que justificassem um resultado mais dilatado.
Uma alteração no onze da primeira mão, com o Gonçalo Ramos no lugar do Seferovic, e em relação ao jogo em Moreira de Cónegos o regresso de vários jogadores que tinham sido poupados - Grimaldo, Weigl, João Mário, Pizzi e Rafa. O jogo tem muito pouca história, porque apesar de precisar de dar a volta ao resultado, o Spartak veio à Luz apenas para defender e pouco mais. Teve quase sempre os jogadores atrás da linha da bola, muito juntos perto da sua área, e arriscou muito pouco no contra-ataque. A posse de bola do Benfica andou sempre por volta dos 70%, mas como até nem era preciso forçar muito vimos muitas trocas de bola sem que se tentasse atacar a baliza de forma consistente. Muitas vezes libertávamos os laterais pelas alas apenas para estes fazerem depois a bola regressar ao meio campo em vez de tentarem o cruzamento, até porque não havia muita presença nossa na área. Um aspecto positivo foi a forma eficaz como o Benfica conseguiu quase sempre pressionar alto e recuperar a bola, o que contribuiu também para que o Spartak fosse quase inofensivo no ataque. A sensação com que ficava ao intervalo era mesmo que, mais golo menos golo, a eliminatória já estava ganha mesmo que o Benfica não conseguisse marcar, porque de maneira alguma conseguia ver ao Spartak capacidade para fazer dois golos na Luz. Os nossos golos, esses acabaram mesmo por aparecer na segunda parte. O primeiro aos cinquenta e oito minutos pelo João Mário, na recarga à entrada da área a um primeiro remate do Rafa depois de uma boa jogada colectiva da equipa. O segundo já em período de compensação, num autogolo às três tabelas depois de uma tentativa de remate to estreante Yaremchuk ter feito a bola bater num defesa, ir tabelar noutro e encaminhar-se para a baliza. Deu uma expressão mais bonita ao resultado e deu motivos para o finalmente regressado público às bancadas da Luz festejar. E o Benfica é muito mais Benfica com público nas bancadas; mesmo com apenas um terço da lotação o ambiente é completamente diferente, sendo de realçar que houve um apoio constante à equipa. As saudades que a equipa tem de nos ver e sentir na bancada são tão fortes como as que nós temos de os ver ao vivo dentro do campo.
O João Mário voltou a ser um dos destaques da equipa e parece ter-se integrado sem qualquer dificuldade no esquema táctico desejado pelo nosso treinador. Numa comparação directa com o Taarabt, que fazia as mesmas funções a época passada, perdemos alguma velocidade, mas o número de perdas de bola a meio campo devido a passes falhados diminui drasticamente. Gostei do jogos dos nossos laterais, e também do Rafa, que é neste momento o jogador de quem podemos esperar mais acelerações e desequilíbrios sempre que recebe a bola.
Segue-se o PSV como último obstáculo à entrada na Champions. À partida será um adversário mais difícil, mas o Spartak também era apontado como um adversário temível devido aos resultados que tinha conseguido na pré-época e foi o que se viu. Antes disso, regresso dos jogos da Liga com público à Luz já no próximo sábado, frente ao Arouca, num jogo em que imagino que voltaremos a ver mais de meia equipa a ser mudada.
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