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Domingo, 27 de Outubro de 2024

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Depois do apagão a meio da semana, regresso à rotina interna: jogo de sentido único frente ao Rio Ave resultou num verdadeiro atropelamento do mesmo, e para não variar (e isto acho que é mesmo um lugar-comum que eu repito demasiadas vezes) mesmo assim o resultado peca por escasso.

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Apenas uma alteração no onze, que significou também uma variação táctica na equipa. Saiu o Florentino e entrou o Beste, e jogámos de uma forma semelhante à apresentada contra o Atlético de Madrid, na qual sem bola o Carreras se junta mais ao meio, descendo o Beste para fechar a lateral (o que no jogo com o Atlético tinha sido feito pelo Aktürkoglu), e com bola o Beste projectava-se pela esquerda, com o Aktürkoglu a ocupar terrenos mais interiores. O jogo não tem praticamente história, o domínio do Benfica foi total e a entrada muito forte não deixou quaisquer dúvidas. Mesmo a presença do Tiago '5 cent' Martins com o apito na mão de pouco serviu para travar o nosso ímpeto, mas marcou logo a sua presença cedo no jogo: aos quatro minutos, entrada duríssima sobre o Kökçü, daquelas que podem acabar com a época de um jogador. Seria vermelho em qualquer campo, em qualquer jogo, com qualquer equipa. Menos na Luz, a favor do Benfica, com um árbitro que tem um longo historial de prejuízos ao Benfica a apitar, nesse caso dá amarelo. Ainda mais incompreensível a falta de intervenção do VAR neste lance. Mas nada iria travar o Benfica esta noite. A resistência do Rio Ave durou doze minutos, que foi o tempo que passou até o cada vez mais suspeito do costume, Aktürkoglu, inaugurar o marcador. O Di María lançou o Aursnes pela direita, o Pavlidis de forma destrambelhada não conseguiu emendar o cruzamento deste depois do guarda-redes ter saído e não conseguir tocar na bola, e esta sobrou para a entrada da área, onde o turco foi mais expedito que um adversário, rodou e rematou para o golo. Quatro minutos depois, novo golo, mas o mesmo autor. O Di María fez a sua jogada típica, em que na direita vem para dentro e depois faz o passe em diagonal de pé esquerdo, e o Aktürkoglu quase sem darem por ele intrometeu-se entre o defesa e o guarda-redes e com um toque subtil de cabeça (ele que nem é propriamente alto) desviou a bola para a baliza à saída do guarda-redes. Com dezasseis minutos decorridos, o jogo já estava praticamente arrumado, e só não ficou ainda mais arrumado nos minutos que se seguiram porque a nossa equipa resolveu passar uma boa parte do resto da primeira parte a tentar oferecer um golo ao Pavlidis, desperdiçando boas ocasiões por causa disso. Mas o grego, ao contrário da maioria dos seus colegas, não está definitivamente num bom momento e passou o tempo a desperdiçar aquilo que lhe ofereciam, ou a cair na armadilha do fora-de-jogo. Não marca o ponta-de-lança, há o Aktürkoglu para mostrar o que é faro de golo: no período de descontos o Di María entrou pela direita e à segunda conseguiu fazer o passe ligeiramente para trás para o turco rematar cruzado de primeira para o golo. Um hat trick 'verdadeiro', três golos seguidos, ainda na primeira parte.

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Na segunda parte manteve-se o domínio total do Benfica, apesar das alterações feitas pelo treinador do Rio Ave ao intervalo (o Rio Ave acabou o jogo sem fazer um único remate na direcção da nossa baliza). Manteve-se também a obsessão dos nossos jogadores em oferecer um golo ao Pavlidis, um esforço que se revelou inglório. O grego ainda chegou a marcar um golo, que foi invalidado por ter sido apanhado mais uma vez em posição irregular. Pouco depois da hora de jogo vieram as primeira alterações, com a troca do Pavlidis pelo Cabral e do herói do jogo Aktürkoglu pelo Amdouni. Continuámos a desperdiçar ocasiões para ampliar o resultado, e nesta altura a única dúvida era mesmo se o conseguiríamos fazer, já que em termos de oposição o Rio Ave não a conseguia mesmo fazer. A cerca de quinze minutos do final foram feitas mais duas alterações, com as entradas do Renato e do Schjelderup para os lugares do Aursnes e do Di María, e isso conseguiu dinamizar novamente o nosso jogo, tendo como resultado - finalmente - o aparecimento de mais golos. O primeiro foi aos setenta e nove minutos, e numa boa jogada de equipa. Começa num passe longo do Renato a variar o flanco de jogo para a esquerda, onde o Beste recebeu e esperou a subida do Carreras para lhe deixar a bola. Ao centro rasteiro e ligeiramente atrasado deste correspondeu o Kökçü com uma simulação a deixar passar a bola, e atrás dele e no centro da área estava o Schjelderup para finalizar com um remate rasteiro, e assim fazer o seu primeiro golo com a camisola do Benfica. Dois minutos depois, excelente iniciativa individual do Kökçü pela esquerda, que ultrapassou vários adversários e colocou a bola para o meio. O Schjelderup dividiu a bola com um defesa e não conseguiu a emenda, mas esta sobrou para o Amdouni, que fez o golo. Não foi por causa destes golos que o Benfica deixou de continuar a pressionar à procura de mais, e o Cabral (que entrou com muito boa atitude) foi quem mais perto esteve de o conseguir, valendo ao Rio Ave a boa defesa do seu guarda-redes para evitar mais um golo do Benfica.

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Obviamente que o Aktürkoglu é o homem do jogo. O instinto que tem para o golo e a eficácia que demonstra são inigualáveis no plantel; nem precisa de ocasiões flagrantes para marcar. Simplesmente aparece quase sempre no sítio certo, e quando remata à baliza acaba quase sempre em golo. Foi um jogador que caiu no Benfica quase que por acaso, no fecho do mercado, e está a revelar-se a melhor contratação da época e uma verdadeira pechincha tendo em conta aquilo que custou. Jogos enormes quer do Aursnes, quer do Kökçü. Ambos encheram o campo e cobriram uma área enorme, dividindo entre si as tarefas defensivas e ofensivas. O número de vezes que o Aursnes, sendo supostamente médio de recuperação, apareceu a fugir pela direita - e o Kökçü fazia o mesmo pelo outro lado - foi notável, sendo o primeiro e último golos exemplos disso. O Di María, confesso, consegue irritar-me diversas vezes durante o jogo devido à excessiva tendência para se agarrar demasiado à bola, mas depois vamos ver no final e fez duas assistências, e esteve nos lances dos três primeiros golos. Continua portanto a ser decisivo. Acho também que a nossa ala esquerda fica muito forte com o Beste e o Carreras a jogar simultaneamente. O Pavlidis infelizmente é neste momento um problema e provavelmente seria melhor que deixássemos que o problema se resolva pela via natural das coisas, em vez de andarmos a forçar o nosso jogo de forma a oferecer-lhe um golo. O Kökçü, por exemplo, no lance em que lhe ofereceu o golo que foi anulado por ele estar fora-de-jogo, poderia perfeitamente ter marcado golo ele próprio.

 

Segue-se o Santa Clara a meio da semana para a Taça da Liga. Provavelmente jogarão alguns jogadores menos utilizados de forma a ganhar minutos de jogo, mas eu espero que não desvalorizemos demasiado esta competição. Depois do domínio incontestável que tivemos nela durante as primeira edições, já há algum tempo que não a ganhamos e eu gostaria muito de terminar este jejum.

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publicado por D'Arcy às 22:41
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14 comentários:
De Francisco a 28 de Outubro de 2024
D'Arcy digo-te sinceramente é um regalo ler os detalhes sobre o jogo os jogos que escreves apetece me perguntar és jornalista? Eu cá digo que és diretor de jornalismo é uma delicia os teus textos após os jogos pois os analisas muito bem parabéns e obrigado viva o Benfica, venha mais jogos como o de ontem.
De D'Arcy a 28 de Outubro de 2024
Obrigado, mas não tenho mesmo nada a ver com jornalismo, nem profissionalmente, nem de formação (a minha formação é em engenharia) :)
De BI-CAMPEÃO EUROPEU 1960/61 e 1961/62 a 28 de Outubro de 2024
"Obrigado, mas não tenho mesmo nada a ver com jornalismo, nem profissionalmente, nem de formação (a minha formação é em engenharia) :)"

Está confirmado!!! De facto, e como muitas vezes tenho dito, já não existem Jornalistas, pois a sua extinção começou com o desaparecimento dos grandes Jornalistas Alfredo Farinha, Aurélio Márcio, Carlos Pinhão, Rui Cartaxana, e mais uns tantos que também faziam do conhecimento e da imparcialidade e isenção, os seus princípios básicos para exercerem a sua nobre profissão!!!
Hoje em dia o que temos são jornaLIXEIROS da pior escória, indivíduos que carregam uma abóbora cheia de m&rda em cima dos ombros convencidos que têm uma cabeça com cérebro!!!

Nós SLBENFICA, nos tempos presentes, além de termos de lutar sempre contra 16 (DEZASSEIS) adversários dentro dos relvados - como mais uma vez se viu neste jogo "arbitrado"/APITADORADO pelo ESCABROSO MANHOSO E ODIOSO tiago CINCO CêNTIMOS martins - , temos também de lutar, e lutar cada vez mais, contra a CATREFADA DE BURROS jornaLIXEIROS, que, estando ao serviço da MÁFIA anti-Benfica, tudo fazem para DENEGRIR o nosso Inigualável Clube e favorecer e elevar os INIMIGOS do BENFICA!!!!!

ÀGPPÔDRE QUE OS DEFECOU A TODOS.

Quanto ao jogo, vitória NORMALÍSSIMA e NATURALÍSSIMA, que podia ainda ser mais "GORDA"!!!!

Irrita-me tanto tanto tanto ver a cacetada COVARDE em que os nossos jogadores são vítimas em todos os jogos, com entradas brutais perpetradas por ÓNAGROS disfarçados de jogadores de futebol, como aquela entrada referida no post que vitimou o nosso jogador Kokçu, e que o PALERMÃO, BURRO, PARCIAL, etc,etc,etc, apitador tiago 5 cêntimos se limitou, como era de esperar, aliás, a FAZER VISTA GROSSA e deixar o cartão VERMELHO no bolso!!!

GFILHO DAPUTA.... A ele havia de lhe acontecer 100 vezes pior do que o patalhudo do Rio-Ave pretendeu fazer ao nosso jogador.

Tanta irritação como essa só tem paralelo na COVARDIA e MEDO dos "dirigentes" do nosso Benfica actuais em (não)defenderem os nossos jogadores?!?!
Caralho pá, eu não vejo os jogadores tanto do fc-penalty como do riporting de alvaLADRA sofrerem essas entradas que têm tanto de brutais como de covardes!!!!!!

Não sei que é que essa gentinha que agora "dirige" o nosso querido Clube tem a correr-lhe nas artérias e veias para assistirem a tudo isso em praticamente em todos os jogos, e NÃO LEVANTAREM UM PALHINHA SEQUER em defesa dos nossos jogadores e do nosso Clube?!?!

Estou farto de tanta submissão, tanta covardia e tanto medo quer da federaçaozeca quer da ligueca PORCOguesas.

Para mim, o meu querido SLBENFICA é mesmo Maior que Portugal, e já há muitos anos que deveria estar a disputar a Liga espanhola com os grandes de Espanha e deixar esta merdita da ligazeca PORCOguesa apodrecer na sua INSOLVÊNCIA inexorável.

Isso em termos jurídios e internacionais é PERFEITAMENTE possível, pois já existem casos assim no Mundo do Futebol Profissional com equipas do País de Gales e equipas do Canadá a jogarem nas Ligas de Inglaterra e dos EUA respectivamente.

BENFICA BENFICA BENFICA........ Sempreeeeeee o maior e o Melhorrrrrrrrrrrrr.

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